Autor (a): Karen Harrington
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
ISBN: 9788580575071
Classificação:
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Você nunca conheceu ninguém como Sarah Nelson. Enquanto a maioria dos amigos adora Harry Potter, ela passa o tempo escrevendo cartas para Atticus Finch, o advogado de O sol é para todos. Coleciona palavras-problema em um diário, tem uma planta como melhor amiga e vive tentando achar em si mesma sinais de que está ficando louca. Não é à toa: a mãe tentou afogá-la e ao irmão quando eles tinham apenas dois anos, e desde então mora em uma instituição psiquiátrica. O pai, professor, tornou-se alcoólatra. Fugindo da notoriedade do crime, ele e Sarah já se mudaram de diversas cidades, e a menina jamais se sentiu em casa em nenhuma delas. Com a chegada do verão em que completa doze anos, ela está cada vez mais apreensiva. Sente falta de um pai mais presente e das experiências que não viveu com a mãe, já se acha grande demais para passar as férias na casa dos avós, está preocupada com a árvore genealógica que fará na escola e ansiosa pelo primeiro beijo de língua que ainda não aconteceu.Mas a vida não pode ser só de preocupações, e, entre uma descoberta e outra, Sarah vai perceber que seu verão tem tudo para ser muito mais. Bem como seu futuro.
Claros sinais de loucura é um
livro - escrito por Karen Harrington – muito cativante e que trata de assuntos
polêmicos com muita delicadeza.
Sarah Nelson é uma menina
americana de 11 anos -beirando os 12- muito peculiar. Quando tinha apenas 2 anos de idade, Sarah
vivenciou uma tragédia: sua mãe, Jane
Nelson, tentou assassinar ela e o irmão gêmeo dela, Simon, afogados. Esse
infortúnio resultou na morte de Simon. Após o julgamento, Jane foi internada
permanentemente numa clínica psiquiátrica e Sarah passou a ser criada somente
pelo pai, Tom Nelson, o qual, movido pelo grande sentimento de culpa e completamente devastado emocionalmente depois do ocorrido, acaba se
entregando à bebida. Além disso, o caso do assassinato tomou proporções grandes,
obrigando, desse modo, Sarah e o pai a viverem se mudando de cidade em cidade
assim que as pessoas descobrem de quem são parentes.
Apesar de intrigar bastante o
leitor e apresentar uma atmosfera triste e introspectiva, Claros Sinais de Loucura cativa o leitor desde a primeira página!
Ao longo da leitura, nós passamos a conhecer os sentimentos e pensamentos da
protagonista a qual é bem diferente de muitas das quais estamos acostumados.
Ela é inteligente, carismática, perspicaz e observadora. Ademais, Sarah possui
duas melhores amigas: Lisa, sua única amiga do colégio, e Planta que, de fato, é uma planta, a quem Sarah conta todos os seus segredos mais íntimos. Outro fator bastante interessante e ímpar que conquistam o leitor são as cartas que
Sarah escreve para Atticus Finch, personagem literário de “O Sol é para todos” - livro preferido da protagonista e personagem a qual Sarah tem como exemplo de pai.
O marcante da obra é que a voz de
uma criança dá um ar diferenciado a trama, fazendo com que a narrativa, mesmo
abordando temas como alcoolismo, doenças mentais e assassinato, se torne leve e
emocionante sem exagerar na medida. Confesso: não é um livro cheio de reviravoltas,
porém é o tipo de obra envolvente o qual surpreende o leitor a cada página,
fazendo-nos refletir sobre as coisas importantes da vida. A presença de
diálogos, imaginários – durante a trama
– com Planta, Simon e suas cartas para Atticus dão vida a trama e a própria
protagonista, fazendo-nos adentrar dentro dos pensamentos de uma garota de 11
anos a qual passou por traumas marcantes na vida e tenta entender o mundo
distorcido a sua volta. Claros sinais de loucura é aquele livro que você pode
tirar uma lição diferente a cada vez que lê.
Um livro que vai fazer muitos leitores terem seus momentos de epifania e redescobrimento. Obra completamente cativante e encantadora. Super indicado! Vocês já leram ou querem ler? Comentem!
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